domingo, 19 de dezembro de 2010

O que é Espiritismo?


Espiritismo não é igreja

Em princípio corrijam a conceituação inicial:

Espiritismo não é simplesmente religião.

Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião.

Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade,

na lógica e na razão, apenas com conseqüências religiosas,

haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião,

por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada.

Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas,

mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes,

que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo

ser algo muito acima disto.

Não existe “Kardecismo”, existe “Espiritismo”

O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão

“kardecismo”,para identificar algo que ele imagina ser uma

“ramificação” do Espiritismo,

achando que Espiritismo é um “montão de coisas” que existe por aí,

quando na realidade não é.

A palavra “Espiritismo” foi criada, ou inventada, como queiram,

pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina

nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos,

e que tem os seus postulados próprios.

Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se

da denominação “Espiritismo”, fora desta que se enquadre nos seus

postulados,está utilizando-se indevidamente de uma denominação,

mergulhando no campo da fraude.

Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de “kardecismo”,

verdadeiramente é “Espiritismo”.

Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm

dúvidas,em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia,

Umbanda e outras práticas espiritualistas é Espiritismo,

vai aqui uma pequena tabela,exemplificando algumas

práticas de alguns segmentos,para apreciação daqueles

que consideram relevante o uso da inteligência

e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável.

Como pode, então, um profissional que tem a obrigação de estar

bem informado,poder afirmar que Espiritismo e Umbanda são a

mesma coisa?

Não seria mais coerente dizer que tem mais semelhanças com o

Catolicismo,embora não seja também a mesma coisa?

O espírita não tem a menor pretensão de diminuir ou desvalorizar

o adepto da Umbanda que, por sua vez, tem também a sua

denominação própria que é Umbanda, e não Espiritismo,

apenas quer deixar claroque Espiritismo é Espiritismo e

Umbanda é Umbanda, assim como Catolicismo é Catolicismo,

Protestantismo é Protestantismo.

A afirmativa que alguns fazem, em dizer que tudo é a mesma coisa,

com a diferença de que na Umbanda se reúnem negros e pobres e no tal

“Kardecismo” se reúnem o que chamam de elites, é extremamente leviana,

desonesta e irresponsável. O Espiritismo não faz qualquer discriminação

de raças,cor ou padrão social, já que em seu movimento existem

inúmeros negros,mulatos, brancos e de todas as etnias.

Allan Kardec não inventou o Espiritismo

Allan Kardec não inventou, ou criou, Espiritismo nenhum.

A proposta veio de Espíritos, através de manifestações espontâneas,

consideradas como fenômenos, na época, e ele, que nada tinha

a ver com aquilo,foi convidado por alguns amigos para examinar

e analisar os tais fenômenos,em suas casas, oportunidade em

que foi convidado, pelos Espíritos,pela sua condição de pedagogo

e educador criterioso,a organizar aqueles ensinamentos em

livros e disponibilizar para a humanidade.

Ele foi tão honesto e consciente de que a obra não era de sua autoria,

que evitou colocar o seu nome famoso na Europa antiga

(Denizard Rivail) como autor dos livros e preferiu utilizar-se

de um pseudônimo.

É bom que se saiba que o tal professor Rivail era autor famoso de livros

didáticos e que tudo o que aparecia com seu nome vendia muito,

não apenas na França como em toda a Europa.

Atentem para o detalhe: Os Espíritos optaram por um pedagogo,

um professor, e não por um padre, um religioso, o que nos convida

a entender que o Espiritismo é escola e não igreja.

Sobre a reencarnação

Não é patrimônio exclusivo do Espiritismo e não foi inventada

pelo Espiritismo,posto que é algo conhecido pela maior parte

da humanidade, por milênios,muito antes do Espiritismo,

que tem apenas 151 anos de idade.

O espírita, depois de estudar a reencarnação, não crê na reencarnação,

ele passa a SABER a reencarnação, o que é diferente.

Exemplificando: Você crê que a Lua existe ou você sabe que ela existe?

Afinal, você pode vê-la e comprovar, inclusive cientificamente? É isto aí.

Portanto a afirmativa de que os espíritas crêem na reencarnação

é infantil e sem sentido.

Sobre a mediunidade

Também não é patrimônio exclusivo e nem foi inventada pelo Espiritismo.

É uma faculdade humana normal e independe de crença religiosa,

já que a pessoa pode possuí-la, com maior ou menor intensidade,

acredite ou não.

O Espiritismo apenas se dispõe a estudá-la, educar e disciplinar as

pessoas que a possuem, para que o seu uso possa ser benéfico a elas

e aos outros,absolutamente dentro dos elementares padrões de moralidade.

Segundo os postulados espíritas ela não deve ser comercializada, nunca,

e deve ser utilizada gratuitamente; todavia é praticada comercialmente

em alguns lugares do mundo, por pessoas que são médiuns,

inclusive honestas,mas nada sabem sobre Espiritismo,

numa comprovação de que ela existe fora do meio espírita.

Qualquer afirmativa do tipo que “alguém tem mediunidade e

precisa desenvolver”é vinda de pessoas inconseqüentes,

mesmo algumas que se auto rotulam espíritas,

posto que o Espiritismo propõe que a faculdade deve ser educada

e não desenvolvida.

Sobre o caráter do centro espírita

É um local que deve atuar como escola e não como igreja.

A sua proposta é de estudos, sobretudo da matéria que trata da reforma

íntima das pessoas, dando ciência do papel de cada um de nós na terra,

da nossa razão de existir enquanto criaturas úteis ao nosso próximo,

esclarecimento da nossa condição espiritual no presente e no futuro e,

principalmente, a nossa conduta moral.

Recomenda a prática da Caridade, sim, mas de forma ampla no

sentido de orientar e informar aos outros sobre os meios de libertações

dos conflitos,das amarguras, das incompreensões e do sofrimento

em si incluindo o entendimento de que Caridade envolve o serviço

de amor ao próximo sem querer se passar por bonzinho;

deve ser exercitada dentro de umapostura fraterna e responsável

e visando o soerguimento de nossossemelhantes em condições de carência.

Adota Jesus, sim, inclusive como o maior modelo e guia que temos

para seguir,concebendo o seu Evangelho como a bula coerente a

nos conduzir,e não como sendo ele o próprio Deus.

Enfim. O centro espírita é um local de estudo e não de rezação.

Sobre quem é reencarnação de quem

Recentemente vimos um jornalista afirmar, nas páginas da VEJA,

que os espíritas juram que Fulano é reencarnação de Ciclano,

o que se constitui em um absurdo. Em princípio espírita não

adota jura nenhuma.

Segundo, que não consta da atividade espírita a preocupação de quem

é reencarnação de quem, uma vez que esta discussão é irrelevante,

não tem razão nenhuma, não acrescenta absolutamente nada na proposta

espírita para a criatura humana, em que pese alguns espíritas,

apenas alguns, (nem todos entendem bem a proposta da doutrina) se

ocuparem com esse tipo de discussão.

Falar em quem é ou talvez possa ser reencarnação de quem,

é conversa amena de momentos de descontração de espíritas,

apenas em nível de curiosidade ou especulação, jamais tema de estudo

sério da casa espírita.

Ainda que possa existir, em alguns locais de estudos mais profundos e

pesquisas espíritas, interesses em trabalhar as questões da reencarnação,

os estudiosos apenas sugerem que fulano possa ser a reencarnação

de alguém, mas nunca afirmam, apesar de evidências marcantes e

inquestionáveis, quando a condução da pesquisa é séria e criteriosa.

Quem anda dizendo que é a reencarnação de reis, de rainhas e de

personagens poderosas do passado não são os espíritas,

são apenas alguns bobos que estão no Espiritismo sem consciência

do seu papel.

Apologia ao sofrimento

Matérias de revistas e jornais, dentro deste equívoco que nos referimos,

chegaram a afirmar, diversas vezes, que o Espiritismo ensina as pessoas a

serem acomodadas em relação ao sofrimento e até chegarem a dizer que o

sofrimento é bom.

Não condiz com o coerente ensinamento do Espiritismo.

Se algum espírita chega a dizer isto, certamente é vítima do

masoquismo e,provavelmente, deve praticar um ritual em

sua casa, quando,talvez uma vez por semana, colocar a mão

sobre uma mesa e dar uma martelada em seu dedo.

Sofrimento não é condição fundamental para a evolução de ninguém,

embora entendemos que, ao passar por ele, muitas pessoas terminam

acordando para a realidade da vida e mudando de conduta,

sobretudo no campo do orgulho, do egoísmo e da presunção.

Mesa branca

Não existe espiritismo mesa branca, alto espiritismo,

baixo espiritismo ou qualquer ramificação do Espiritismo,

que é um só.

O hábito de forrar mesas com toalhas de cor branca,

na maioria dos centros espíritas, nada mais é que um hábito de

alguns espíritas,de certa forma até equivocados também,

uns talvez achando que a cor branca da toalha ou das roupas das

pessoas tem algum significado virtuoso,quando na verdade não

existe esta orientação no Espiritismo.

Muito pelo contrário, seria preferível utilizar toalhas

(por que tem sempre que ter toalhas nas mesas?) de outras cores,

posto que tecidos em cor branca tem maior facilidade de sujar.

Portanto a citação de “espiritismo mesa branca” é mais uma

expressão da ignorância popular, o que não se admite nos jornalistas.

Terapia de vidas passadas

Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável

em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados,

geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado,

tem resultados cientificamente respaldados, mas não é prática espírita.

Cromoterapia, piramidologia etc…

Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita,

é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para

fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária,

corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser,

que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente

com o Espiritismo.

Sucessor de Chico Xavier

Isto nunca existiu no Espiritismo, em que pese vários jornalistas

terem colocado em matérias diversas, quando o Chico Xavier “morreu”,

e ainda repetem, talvez querendo estabelecer alguma comparação do

Espiritismo (que vêem apenas como religião) com a Igreja Católica,

que tem sucessores dos papas, quando morrem.

Chico Xavier nunca foi uma espécie de papa, de cardeal ou de qualquer

autoridade eclesiástica dentro do movimento espírita.

Divaldo Pereira Franco nunca foi sucessor do Chico,

nunca teve essa pretensão, ninguém no movimento espírita fala nisto,

que é coisa apenas de páginas de revistas desinformadas sobre o que

verdadeiramente é o Espiritismo.

A sua relação com a Ciência

Faz parte da formação espírita a seguinte recomendação:

“Se algum dia a Ciência comprovar que o Espiritismo

está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem

imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da

Ciência”.

Mas isto não quer dizer que o que afirmam determinadas criaturas,

como o padre Quevedo, que se apresenta presunçosamente como

cientista,deva ser entendido como Ciência, já que ele não é

unanimidade e nem ao menos aceito pela maioria dos cientistas

coisa nenhuma.

Ele é padre, nada mais do que padre, com um tipo de postura que não

é aceita nem pela maioria do seio católico, quanto mais pelo científico.

Não é à pseudo-ciência ou a opiniões pessoais de um ou outro elemento,

que se diz de Ciência, que o Espiritismo se submete,

com esta recomendação, é a Ciência, como um todo, em descobertas

inquestionáveis.

Até agora a Ciência não conseguiu apontar e muito menos comprovar

erro em um ensinamento espírita, sequer.

Se alguém exige, por exemplo, querer provas por parte dos que

afirmam que existe vida fora da Terra, por questão de bom senso

deve ter também provas de que não existe. Será que tem?

Medicina e Espiritualidade

Alguns médicos, tradicionalmente, sempre afirmaram que os

problemas de saúde das pessoas nada tem a ver com problemas

espirituais,porque estes se resumem a crendices. Hoje existe um

curso de “Medicina e Espiritualidade”, oficial, dentro da USP

(Universidade de São Paulo), a maior Universidade do País,

onde são estudados estes questionamentos que alguns continuam

a dizer que são crendices. Em nível de informação,

sugerimos que os jornalistas se interessem em reportar sobre este assunto,

sem que vá aqui a menor intenção de querer converter ninguém.

Não se trata de questão religiosa, trata-se de questão científica.

Para melhor informação, as aulas deste curso podem ser vistas no site:

www.redevisao. net. O telefone da Pineal Mind, onde são

ministradas as aulas, é (11) 3209-5531 e o e-mail é

faleconosco@ uniespirito. com.br onde poderão ser obtidas

maiores informações sobre o curso.

Toda sexta-feira, às 19 horas, tem aula ao vivo, pelo site, numa webtv.

Diante de todo o exposto sugerimos que os grandes veículos

de comunicação de massa, obviamente comprometidos com

a credibilidade dos seus nomes, repassem estes esclarecimentos

aos seus profissionais de jornalismo, não necessariamente para

que eles sejam simpáticos à idéia espírita, já que ninguém é

obrigado a aceitar coisa nenhuma, mas para, pelo menos,

não comprometerem as suas honorabilidades dizendo mentiras,

leviandades e até se expondo ao ridículo reportando sobre um

assunto que não entendem.

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